Stefano Boeri ficou mundialmente conhecido pela sua floresta vertical em Milão. Inclusive, o Bosco Verticale já apareceu num post aqui no Greentopia.
De acordo com o arquiteto, este tipo de projeto não é apenas um edifício, é o protótipo de um novo modelo de construção, que combina conforto, vista e áreas vegetadas. É uma nova relação formada entre a esfera urbana e a natural, sempre procurando o equilíbrio entre estes dois mundos.
Com isso, hoje vamos mostrar outros dois prédios de sua autoria com este mesmo conceito de verticalização das áreas verdes: o primeiro na Suíça e o segundo na China.
Les Terrace des Cedres: a floresta vertical de Lausanne (Suíça)
O primeiro deles é o “Les Terraces des Cedres” [Os Terraços dos Cedros], em Lausanne. A escolha desta espécie se deu por motivos diversos: por ser típica da região, por demarcar bem as estações do ano, pela sua longevidade e resistência a climas severos.
Juntamente com os Cedros, serão plantados 6.000 arbustos e outras 18.000 herbáceas, totalizando uma área vegetada de 3.000 m2. A fachada é marcada pela alternância entre volumes em balanço, que funcionam como varadas e uma área de transição entre o interno e o externo, e a área verde.
A orientação da torre é Norte-Sul, com 36 pavimentos. O empreendimento ainda comporta academia, escritórios, shopping e um restaurante.
O projeto separa claramente os usos residencial e comercial, com a construção de edificações independentes, ligadas por um espaço público. Mais uma vez, a relação se dá pelos cheios e vazios, com espaços residuais transformados em locais de encontro, que favorecem as relações urbanas.
Stefano Boeri na Ásia:
O segundo é o chamado Nanjing Green Towers, sua primeira floresta vertical da Ásia. Está localizado no distrito de Nanjing Pukou, uma área destinada a modernização e desenvolvimento econômico da região.
O projeto surge no térreo como um volume, que abrigará lojas, supermercado, restaurantes, salas de conferência e espaço de exposições. Desta base, surgem duas torres, caracterizadas pelas suas fachadas verdes, com previsão de plantio de 600 árvores de porte grande, 500 de médio e mais de 2.500 plantas arbustivas e herbáceas, totalizando 6000 m2 de área verde.
A torre mais alta será de uso misto, com escritórios do 8º ao 25º andar, um museu, uma escola de arquitetura verde e um clube na cobertura. A segunda torre será um hotel com 247 quartos e uma piscina na cobertura.
Segundo o portal TecMundo, Nanjing tem um índice crítico de poluição atmosférica e intervenções como esta caracterizam melhoras pontuais na qualidade do ar da cidade. Segundo o arquiteto, a floresta vertical de Nanjing contribuirá para a regeneração da biodiversidade local e absorverá cerca de 25 toneladas de gás carbônico da atmosfera por ano, com uma produção de 60 kg de oxigênio diariamente.
A previsão de término da obra é em 2018.
Esperamos ver outros projetos como estes espalhados por mais lugares do mundo! Enquanto isso, fiquem ligados no nosso Instagram.
Fantastico! Tanto o projeto quanto o site.
Obrigada, Pedro! Ficamos feliz em saber que está gostando! 🙂