Foi bonito? Foi! As Olimpíadas superaram as expectativas. A abertura anunciou, cheia de simbolismos, toda a preocupação com o meio ambiente. Em um belo show, feito com um orçamento muito menor do que o jogos olímpicos de Londres, atletas plantaram árvores contra o desmatamento, em busca de um mundo mais verde. E o que aconteceu agora que ela acabou? Bom, a cidade do Rio de Janeiro está com novos ares e muita coisa está ainda por vir. O que será da Arena do Futuro e do Estádio Aquático Olímpico?
Uma das preocupações do pós Olímpico é criar elefantes brancos na cidade. Estruturas que ficarão obsoletas, ocupando espaços de outras prioridades. Pois arquitetos e engenheiros responsáveis pela construção dos centros esportivos encontraram alternativas para contornar esta situação, desde a sua concepção.
Arena do Futuro:
A Arena do Futuro, nome inspirador e cheio de significado, terá outra função daqui uns anos: se transformará em quatro escolas públicas no Rio de Janeiro. Cada uma terá capacidade para 500 alunos, com 17 salas de aula, salas flexíveis, de informática, auditório, biblioteca, quadras cobertas com arquibancadas e refeitório.
Estádio Aquático Olímpico:
O segundo, o Estádio Aquático Olímpico, será desmembrado em dois Centros de Treinamento, os quais serão transferidos para outros estados do Brasil que não possuem piscinas de tamanho olímpico. Um será coberto e terá capacidade para 6 mil pessoas, enquanto o outro será descoberto, com uma arquibancada para 3 mil.
E como foram feitas estas obras?
Para essas arquiteturas serem deslocadas, algumas estratégias foram adotadas, em comum para os dois projetos. As estruturas, paredes, arquibancadas e outros elementos são encaixados e parafusados para o fácil desmonte. O modelo estrutural escolhido foi o metálico, com paredes de dry wall, pela agilidade na montagem e desmontagem. As escadas e rampas são todas pré-moldadas. Portas, louças de banheiro, esquadrias, luminárias e rodapés também serão reutilizados.
Utilizando este conceito de arquitetura nômade, o problema dos resquícios de construções obsoletas é sanado. Ao encontrar soluções de montagem, evitamos o desperdício de materiais e de dinheiro, com possíveis demolições futuras, e garantimos espaços bem utilizados nas cidades. Um exemplo para futuros eventos temporários, não é mesmo?
Fontes:
Info Gráficos Estadão – Portal G1 – Rio 2016